Mestres de Casa

O evento Mestres de Casa, vinculado aos Encontros Literários Moreira Campos (ELMC), abre um espaço privilegiado aos professores da UFC e de outras universidades de Fortaleza e arredores para que eles possam apresentar suas pesquisas e o desenvolvimento de seu pensamento nas áreas da literatura, cultura e das humanidades em geral.
Para esta edição, o professor convidado apresenta uma palestra de 40 minutos com tema provocativo, polêmico ou impactante sobre literatura e cultura/sociedade/ciência. Outro professor também convidado questionará tais ideias e incentivará a participação dos presentes.
Neste semestre, os Mestres de Casa será nas seguintes datas:

19/09/2018 – Tércia Montenegro, 20 anos de prosa


• Palestrante: Tércia Montenegro (UFC)

• Comentaristas: Cleudene Aragão (UECE), Juliana Diniz (UFC) e Glória Diógenes (UFC)

Release: A mesa em comemoração às duas décadas de publicação da obra O vendedor de Judas, de Tércia Montenegro, acontece no dia 19 de setembro de 2018 às 18hs no auditório José Albano. Então, leitoras, leitores e demais pessoas interessadas estão convidados para discutir não apenas a obra aniversariante, mas também os demais livros de contos da autora que também é romancista e fotógrafa. Para a ocasião, são convidadas à fala as professoras Cleudene Aragão (UECE), Juliana Diniz (UFC) e Glória Diógenes (UFC). O evento emitirá certificado para os participantes.

Tércia Montenegro é graduada em Letras pela Universidade Federal do Ceará (1999), mestra em Letras (2002) e doutora em Linguística (2008), também pela Universidade Federal do Ceará. É professora adjunta desta instituição, junto ao Departamento de Letras Vernáculas, desde 2009. Tércia começou sua carreira como ficcionista em 1998, com a publicação de O Vendedor de Judas, livro que atualmente está em sua quinta edição e recebeu o selo PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola), do MEC. Dentre as obras publicadas pela autora estão: Turismo para cegos (2015), O tempo em estado sólido (2012), Instruções para beijar (2010), Oliveira Paiva (2013), Rachel: o mundo por escrito (2010), História de Uma Calça (2016) e Os espantos (2014).

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29/08/2018 – Narradores de Javé, uma saga brasileira?
• Comentarista: José Carlos Siqueira (DL-UFC)
• Debatedor: Marcelo Magalhães (DL-UFC)

Exibição do filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé, em parceria com o projeto LiteraCine, que promove sessões quinzenais de filmes, seguidas de debates e comentários acerca das obras cinematográficas e de textos literários relacionados.

Release: O filme de Eliane Caffé, Narradores de Javé, possui todos os atributos para ser considerado um filme regionalista, por sua temática rural, interiorana, com grande carga nas características tradicionais e folclóricas das populações do Brasil profundo. No entanto, os comentários de José Carlos Siqueira (DL-UFC), com debate por Marcelo Magalhães (DL-UFC), buscarão mostrar que talvez esse formato seja ilusório, escamoteando na verdade questões bem diferentes e distantes da problemática regional do país.

José Carlos Siqueira é doutor em Literatura Portuguesa pela USP, mestre em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela mesma universidade, na qual também se formou como bacharel em Linguística. Publicou os livros Literatura Portuguesa (Curitiba: Iesde, 2008), em coautoria com Stélio Furlan, e Cultura e memória na Literatura Portuguesa (Curitiba: Iesde, 2009), com Hélder Garmes.

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27/09/2017 – A Democracia negada pelo comunista José Saramago
• Palestrante: Prof. Dr. Leite Júnior (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. José Carlos Siqueira (DL-UFC)

Release: Existe realmente democracia em nossa época? É possível a democracia sob o regime capitalista? Seja na literatura, seja no jornalismo, o intelectual comunista José Saramago travou uma luta constante contra o modelo de organização política dominante no mundo ocidental. Para Saramago, a Europa e os Estados Unidos vivem uma democracia de fachada.

Prof. Dr. Leite Júnior - professor do Departamento de Literatura da UFC. Pesquisador sobre a Semiótica Literária. Autor de O pictórico em Luzia-Homem (Prêmio Ceará de Literatura de 1993), Domingos Olímpio (biografia) e O pictórico na poesia de Cabo Verde: dos claridosos a Kiki Lima. Pós-doutor pela USP, sob supervisão do Prof. Benjamin Abdala Jr., tendo desenvolvido a pesquisa: "Imagem, imaginação e esclarecimento em Saramago: pregação aos que não creem no que veem e creem no que não veem". O palestrante é também artista plástico, esperantista, torcedor do Ferrim e... comunista..

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13/09/2017 – O Romance que não foi lido: Helena, de Machado de Assis.
• Palestrante: Prof. Dr. Eduardo Luz (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. José Carlos Siqueira (DL-UFC)

Release: O romance Helena, de Machado de Assis, sempre foi tratado como obra conceitual e estruturalmente frágil, vinculada ao Romantismo. Propomos uma nova recepção para o romance, requalificando-o e oferecendo-lhe uma orientação visceralmente machadiana.

Prof. Dr. Eduardo Luz - realizou seu pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem dez obras publicadas e é professor associado da Universidade Federal do Ceará, onde leciona Teoria da Literatura.

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21/06/2017 – O mal e a literaura, ou o mal da literatura?
• Palestrante: Profa. Dra. Ana Márcia Siqueira (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. Cláudio Rodrigues (DL-UFC)

Release: O mal fascina e atrai? Ou a estética do mal cria esse efeito devido aos recursos estilísticos empregados? A existência do mal é incontestável na história humana, todavia, na sociedade moderna, este é um conceito escorregadio; defini-lo é cada vez mais problemático... Quando se trata de literatura o tema é ainda mais interessante, visto que o mal em suas diferentes facetas (o horror, o crime, a violência, a tragédia, o sofrimento ou a dor infringidos) tem leitores e público substancial. Afirmar que o mal é necessário em todo texto literário é arriscado, talvez até falacioso; contudo, é ingênuo acreditar que essa temática esteja restrita a determinados gêneros literários. Destarte, discutir o fascínio e a repulsa exercidos pelo mal e a literatura constitui um mal necessário ao pesquisador.

Profa. Dra. Ana Márcia Siqueira - Graduada em Letras e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e doutora em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo -USP (2007). Professora do DL e do PPGLetras da UFC, é autora de 16 artigos em revistas qualificadas e 13 capítulos de livros, além de organizadora de seis obras, dentre elas: Literatura e Ensino: reflexões, diálogos e interdisciplinaridade (2016). Atualmente coordena o grupo de pesquisa "Vertentes do mal na literatura", é editora da Entrelaces, revista da Pós-Graduação do PPGLetras – UFC e pesquisadora do Grupo Eça.

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24/05/2017 – Confissões de um homem de bem. Radiografia de um modelo social.
• Palestrante: Prof. Marcelo Peloggio (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Régis Lopes (História UFC)

Release: A palestra centra-se na figura agora “invulgar” do chamado homem médio brasileiro, e que, portanto, traz algo de inusitado, já que antes restrito a uma classe despolitizada, arroga, atualmente, um discernimento político que se pode tomar como algo pernóstico e imbecilizante.

Marcelo Peloggio - Professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC), graduada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor e Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

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10/05/2017 – Morrer o mais próximo da felicidade: guerra, exílio e poesia na Grécia Antiga.
• Palestrante: Prof. Orlando Araújo (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Fábio Maia Sobral (UFC)

Release: Partindo da guerra entre gregos e troianos e da noção de exílio para a poesia grega antiga, abordaremos a morte como possibilidade de alcançar a felicidade.

Orlando Luiz de Araújo - Professor de Língua e Literatura Grega na Graduação em Letras e tradutor da Electra de Sófocles.

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26/04/2017 – O fenômeno Barack Obama: entre representatividade política e a representação
• Palestrante: Profa. Luana Antunes Costa (Unilab/Redenção CE)
• Debatedor: Prof. José Carlos Siqueira (DL-UFC)

A palestra pretende debater as visões sobre a ascensão de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos da América apresentados em ensaios críticos e poéticos de autores do Brasil, Caribe e do continente africano, como Benjamin Abdala Jr., Edouard Glissant, Patrick Chamoiseau, Patrice Nganang, Mia Couto e Véronique Tadjo. Para tanto, serão problematizadas as noções de representatividade negra em postos de poder e representação literária.

Profa. Dra. Luana Antunes Costa é professora adjunta do Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB/Redenção CE), doutora em Letras pela Universidade de São Paulo e mestre em Letras pela Universidade Federal Fluminense (2008). Desenvolve pesquisa no campo das Literaturas de Língua Portuguesa e Literaturas Francófonas, com destaque para as relações entre Literatura e outros campos de saberes das Ciências Humanas, como História e Política; Literatura, corpo e autoria feminina. Autora de Pelas águas mestiças da história: uma leitura de O outro pé da sereia, de Mia Couto (EdUFF, 2010).

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12/04/2017 – Ficção e resistência: desvelando e fustigando as elites na literatura
• Palestrante: Profa. Sueli Saraiva (Unilab)
• Debatedor: Prof. José Leite Jr (DL-UFC)

Tendo como mote o recém-lançado “O pacto das elites e sua representação no romance em Angola e Moçambique” (2016), livro resultante da tese de doutorado da palestrante, propõe-se debater a importância da mudança de foco da crítica, dos onipresentes “pobres” para os ignorados “ricos” na literatura, de modo que a obra ficcional venha a destituir o segundo grupo da confortável sombra da irresponsabilidade social que o caracteriza.

Profa. Dra. Sueli Saraiva - Professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB). Autora de “Boaventura Cardoso, Mia Couto e a experiência do tempo no romance africano” (2012) e “O pacto das elites e sua representação no romance em Angola e Moçambique” (2016), publicado com Menção Honrosa à tese de doutorado no Prêmio Fernão Mendes Pinto (Associação das Universidades de Língua Portuguesa AULP, 2014).

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12/04/2017 – Da literatura como forma superior de dar... Dar o quê, mon amour?
• Palestrante: Prof. Dr. Claúdio Rodrigues (DL-UFC)
• Debatedor: Profa. Ilana Viana do Amaral (UECE)

Desconstrução, teoria queer, teoria pós-feminista, violência simbólica, dildo… as teorias da contemporaneidade provocam um desconcerto nas tentativas de definições. Se antes, as bipolarizações e ou dicotomias facilitavam que polo escolher, a indefinição do presente nos arranca do nosso suposto conforto e nos oferece a indecisão, marca dos estudos atuais. Se antes não definir era sinal de nosso fracasso, parece que hoje é uma urgência para quem pretende ser pesquisador. Afinal, o que Derrida, Pierre Bourdieu, Judith Batler e Beatriz Preciado têm a dizer àqueles que estudam literatura? Por que o “manifesto contrassexual” pode ser entendido como uma prática subversiva não apenas da sexualidade mas dos estudos das humanidades? E por que a teoria dos gêneros nos desafia? Aliás, de que gênero estamos falando: a construção social do ser ou do texto literário?

Claudicélio Rodrigues da Silva é doutor em Ciência da Literatura pela UFRJ, professor adjunto de Literatura Brasileira no curso de Letras da UFC e membro do Programa de Pós-Graduação desta universidade, desenvolvendo pesquisa sobre “A experiência do sagrado e do erótico na Literatura Brasileira do século XX”.

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Encontros de 2016

23/11/2016 – Literatura e crise: "Posso, sem armas, revoltar-me?"
• Palestrante: Prof. Drª. Irenísia Oliveira (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Drª. Suene Honorato (DLV-UFC)

Vivemos uma hecatombe política hoje no Brasil, que imanta nossa atenção imediata para os acontecimentos e análises políticas. Um romance ou um poema, nesse contexto de devastação e resistência, podem parecer leituras dispensáveis. Mas eles estariam assim tão separados do presente vivido? Não teriam algo a dizer sobre a crise? Não viram os sinais do tempo? Não podem ser um instrumento ou uma arma? Ou melhor guardarmos os livros para o fim da crise? Lermos e escrevermos depois? Propomos neste encontro discutir o desafio da literatura, em momentos de crise, pensando suas inervações na vida concreta e no momento da ação política, com base na própria história de seus combates e das reflexões teóricas que daí surgiram.


Irenísia Oliveira é professora adjunta da Universidade Federal do Ceará, com graduação em Letras/Alemão pela Universidade Federal do Ceará, mestrado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorado em Letras pela Universidade Federal Fluminense (2003) e pós-doutorado no Instituto Peter Szondi de Literatura Geral e Comparada da Universidade Livre de Berlim.

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09/11/2016 – Literatura sem partido ou sem mordaça: escola e literatura em risco
• Palestrante: Prof. Dr. José Carlos Siqueira (DL-UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. Américo Saraiva (DLV-UFC)

A campanha da assim chamada Escola sem Partido tem um objetivo manifesto e outro latente. O primeiro é eliminar as ideias progressistas da educação básica e superior — seus formuladores julgam que tais ideias comprometem a qualidade do ensino e enviesam a opinião dos alunos. Eis aí, com referência à doutrinação, algo difícil de aceitar: caso isso realmente acontecesse, e já há algum tempo, ficaria quase impossível explicar como a cidade de São Paulo (onde nasceu a tal campanha) votou maciçamente num perfeito manequim da direita na última eleição. Se há de fato um perigo vermelho dentro das escolas, ele seria de uma incompetência absurda, não é mesmo? Logo, deve haver um objetivo não confessável que está por trás da sanha inquisitorial dos “sem partido”. Esta palestra irá analisar as propostas desse movimento reacionário e indiciar seus móveis mais profundos. Antecipando os resultados, eles têm a ver com a literatura!

José Carlos Siqueira é doutor em Literatura Portuguesa pela USP, mestre em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela mesma universidade, na qual também se formou como bacharel em Linguística. Publicou os livros Literatura Portuguesa (Curitiba: Iesde, 2008), em coautoria com Stélio Furlan, e Cultura e memória na Literatura Portuguesa (Curitiba: Iesde, 2009), com Hélder Garmes.

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26/10/2016 – Mussolini proíbe as traduções: bora traduzir! (Esta palestra acontecerá na sala 01 do Departamento de Literatura da UFC)
• Palestrante: Prof. Dr. Yuri Brunello (DLE-UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. Orlando Luiz de Araújo (DLE-UFC)

O governo fascista italiano, durante os vinte anos de permanência no poder, lançou varias campanhas contra as traduções, defendendo uma autarquia “nacional” econômica, assim como cultural. A identidade italiana tinha que ser defendida, preservada e alimentada: a identidade é sempre reacionária e as traduções representam uma ameaça às territorializações identitárias dos totalitarismos. A apresentação tentará mostrar os aspectos trágicos e os lados ridículos de tal provincianismo literário italiano.

Yuri Brunello é professor adjunto de Literatura Italiana da Universidade Federal do Ceará. Foi visiting scholar na Stanford University (EUA) e na Concordia University de Montreal (Canada). Seus escritos sobre o romantismo, o barroco, o modernismo e a literatura italiana contemporânea foram publicados em revistas acadêmicas internacionais como o “Journal of Modern Italian Studies”, “Studi Secenteschi”, “La Rassegna della Letteratura Italiana” e os “Nouveaux Cahiers François Mauriac”.

 

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19/10/2016 – Auerbach, corre, hômi, o Jornal Nacional vai começar! - Mimesis contra a mídia
• Palestrante: Prof. Dr. Atílio Bergamini Jr. (DL-UFC)
• Debatedor: Profª. Drª. Glícia Maria Pontes Bezerra (DCS-UFC)

A mídia brasileira é resultado de políticas estamentais que sobreviveram na sociedade competitiva. Poucas famílias monopolizam rádios, tvs, jornais e sites. Para piorar, seus veículos pouco abrem espaço para discussões a respeito da vida popular. São, em geral, porta-vozes de demandas de grandes empresários e financistas. Entendem revoltas populares como mero estorvo ao bom andamento do trânsito, agitações descritas com uns poucos adjetivos. A razão está sempre com o dinheiro. A violência é sempre dos índios, dos sem terra, dos estudantes, dos trabalhadores, que “entram em confronto” com policiais – uma narrativa tão reificada que impede a própria realidade de acontecer de outras formas. Os quatro capítulos iniciais do grande livro de Erich Auerbach, “Mimesis”, que neste 2016 completa 70 anos de publicação, apresentam trechos históricos e literários a respeito de revoltas populares. Argumentarei que Auerbach, a partir de cuidadosa análise filológica dos trechos aludidos, abre uma oportunidade de pensarmos as limitações do realismo de nossa imprensa. Observados numa perspectiva de longa duração, os textos dela ficam evidenciados em sua falta de horizonte e abertura. São, na história da escrita ocidental, o que há de mais moralista, afetadamente retórico, sombrio e grotesco. A base dessas limitações têm consequências sérias também no caso específico das ideias sobre literatura.

Atilio Bergamini é professor do Departamento de Literatura.  Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio de doutorado-sanduíche na Yale University (CNPq). Pós-doutorado na Unicamp (Fapesp), com pesquisa sobre a circulação e leitura de romances no espaço transatlântico, entre 1840-1870.

 

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28/09/2016 – Literatura e Ensino: reflexões sobre o currículo nacional
• Palestrante: Profª. Drª. Rosiane Mariano (UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. Atilio Bergamini Jr. (UFC)

Qual o lugar da Literatura na escola? Qual a orientação dos conteúdos de base, expressa pelos documentos oficiais, do Governo Federal, sobre o ensino da Literatura? A presente discussão intenta dialogar com tais questões, com um olhar que reivindica o texto literário como centro do fazer pedagógico, mediação que contempla a natureza artística da literatura como fonte de prazer, de conhecimento e de formação de um leitor crítico.

Rosiane Mariano possui doutorado em Estudos da Linguagem (UFRN), é professora-substituta da área Prática de Ensino de Literatura (UFC), e tem experiência com formação de professores da Educação Básica, com ênfase no tema “a literatura em sala de aula”.

 

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21/09/2016 – Singularidades de personagens femininas da literatura brasileira
• Palestrante: Profª. Drª Vera Lúcia Albuquerque de Moraes (UFC)
• Debatedora: Profª. Drª. Fernanda Coutinho (UFC)

O foco da pesquisa desse livro está mais direcionado ao universo feminino, especialmente à esfera do imaginário e dos afetos em suas várias dimensões: a sedução, o erotismo, o medo, o desejo de vingança, o amor, o sofrimento,etc, com ênfase em um tipo específico de sentimento - o amor romântico. Todas essas ideias estão embasadas em múltiplas teorias de autores que pesquisaram ou ainda pesquisam profundamente o tema dos afetos. O foco narrativo, o enredo, as personagens, o discurso, a intersubjetividade são elementos problematizados nessa coletânea de ensaios.

Vera Lucia Albuquerque de Moraes foi professora da Universidade Federal de Pernambuco, da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual do Ceará. Mestrado em Teoria Literária (UFRJ), Doutorado em Sociologia (UFC), Pós-doutorado em Literatura Comparada (USP). Tem três livros premiados: Entre Narciso e Eros: a construção do discurso amoroso em José de Alencar(ensaio) — Prêmio Osmundo Pontes da ACL —, Brinco de pérola (crônicas) e À Flor da Pele (poemas), premiados no Edital de Cultura e Arte da Secult.

 

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06/07/2016 – Pátria Irmã: O Brasil na Literatura Juvenil Francesa
• Palestrante: Profª. Drª Andréa Borges Leão (UFC)
• Debatedor: Prof. Dr. Atilio Bergamini Jr. (UFC)

O objetivo desta comunicação é discutir as interdependências entre a construção ficcional do Brasil e de suas relações coloniais no romance juvenil francês oitocentista e o alargamento do espaço da produção da edição juvenil francesa visando a um leitorado transnacional, a exemplo do brasileiro.


Andréa Borges Leão é professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC. Possui mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Realizou estágio pós-doutoral em História Cultural na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, sobre as coleções literárias infantis da Livraria Garnier e no Centre dHistoire Culturelle des Sociétés Contemporaines, da Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines, sobre as edições brasileiras de Sophie de Ségur e Jules Verne. Atua nas áreas de Sociologia e História, Sociologia e Cultura e Sociologia e Literatura, com ênfase em Literatura, Livro e Leitura

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22/06/2016 – Rebeldia e ternura em Breve Guitarra Galega: dois matizes da poesia de Roberto Pontes
• Palestrante: Profª. Drª Elizabeth Dias Martins (DL – UFC)
• Debatedora: Ms. Fernanda Maria Diniz (PPGLetras – UFC)

Sem uma divisão exata da dupla temática rebeldia e ternura anunciada no título, teceremos comentários analíticos sobre os poemas de Breve Guitarra Galega, coletânea de poemas de Roberto Pontes publicada na seção “Antologia” da revista Estudos Galegos, em 2002. Tentaremos demonstrar que tanto a rebeldia quanto a ternura presentes nos textos de Breve Guitarra Galega são matizes constantes da obra do autor, até aqui composta por 12 livros de poemas, que nessa coletânea se apresentam como uma forma de homenagear a Galícia, berço comum de nossa língua.

Elizabeth Dias Martins é doutora em Letras pela PUC/Rio e possui pós-doutorado em Literatura Portuguesa pela UERJ/UC. Professora associada do Dep. de Literatura da UFC.

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08/06/2016 – A desutilidade da poesia
• Palestrante: Profª. Suene Honorato (DL – UFC)
• Debatedor: Profª. Irenísia Oliveira (DL – UFC)

A partir de um panorama em que a poesia na modernidade é entendida como recusa à comunicação com o leitor, propõe-se o conceito de “desutilidade” – apropriado de um poema de Manoel de Barros – como dispositivo para leitura de poetas brasileiros modernos e contemporâneos, enquanto enfrentamento da lógica utilitária que limita o potencial de dizibilidade da poesia; enfatiza-se, assim, seu lugar político frente aos processos de normatização da vida cotidiana.

Suene Honorato é doutora em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas. Professora Ajunta do Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará.

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25/05/2016 – Fator Alencar: a presença da obra alencarina em nossos dias
• Palestrante: Prof. Marcelo Peloggio (DL – UFC)
• Debatedor: Prof. Marcelo Magalhães (DL – UFC)

O objetivo central da comunicação é a de apresentar leituras acerca da obra do escritor cearense que considerem as perspectivas teóricas atuais, dialogando com fontes primárias e outros documentos, bem como com a crítica dos séculos XIX e XX, de forma a situar os problemas de avaliação e interpretação da obra alencarina mediante um estudo coletivo que redimensione a sua produção literária.

Marcelo Peloggio é professor adjunto de Literatura Brasileira da UFC. Organizou, transcreveu e comentou os manuscritos inéditos de José de Alencar intitulados Antiguidade da América e A raça primogênita, publicados em 2010 pela Edições UFC.

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11/05/2016 – Pensando sobre a Zooliteratura Infantil Contemporânea
• Palestrante: Profª. Fernanda Coutinho (DL – UFC)
• Debatedor: Prof. Cláudio Rodrigues (DL – UFC)

Os animais não-humanos, que figuram nas páginas dos livros, desde tempos imemoriais, vêm suscitando uma pergunta perturbadora: Como vivem eles no habitat ficcional proporcionado pela literatura - para crianças - de nosso tempo? Em outras palavras, que leituras definem a Zooliteratura Infantil Contemporânea?
Fernanda Coutinho é professora do Departamento de Literatura e dos Programas de Pós-graduação em Letras e de Estudos de Tradução – UFC. Doutora em Teoria da Literatura, com pós-doutorado em Literatura Comparada.

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13/04/2016 – A literatura morreu, viva a literatura!
• Palestrante: Prof. Cid Ottoni Bylaardt (DL – UFC)
• Debatedor: Prof. José Carlos Siqueira (DL – UFC)

A literatura se mostra exemplar, modelar, fruto suculento de tradições, continuidades e genealogias, ostentando arbustos, galhos, árvores de saberes. A literatura se ergue das ruínas, dos conflitos, de rupturas e originalidades, de fantasmas e sabores. Qual morre, qual vive? Que literatura reina na academia? Que discurso se faz sobre ela? Há outros possíveis?
Cid Ottoni Bylaardt possui doutorado e pós-doutorado em Literatura Comparada. É professor Associado I da UFC, e pesquisa a literatura contemporâneas e da recusa. Escreve poemas e romances. Toca piano, violino e viola, nesta ordem de competência. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa N2 do CNPq, o que tem importância relativa.

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Os encontros do MDC acontecerão às 18 horas, no Auditório José Albano -CHI

 

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